quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A GUERRA PARTE 1: A SAÍDA DE AQUILES

A guerra prosseguiu durante nove anos sem um resultado decisivo. Ora os gregos tinham vantagem na guerra e ora os troianos pareciam que iam conseguir expulsar os gregos. Até que ocorreu um acontecimento que pareceu fatal para os gregos que foi a disputa entre Aquiles e Agamenon. Como já se sabe, Agamenon era o chefe dos gregos. Aquiles era o filho de Peleu e Tétis em cujo casamento se deu a disputa entre as deusas Hera, Afrodite e Atenas. Além disso, Aquiles era o principal e mais corajoso guerreiro grego. A disputa se deu da seguinte forma: Agamenon capturou para ser sua escrava uma moça chamada Criseida, filha de um sacerdote de Apolo (Deus do sol, da medicina, do arco e flecha e etc.). O pai de Criseida foi até Agamenon implorar pela libertação da filha e Agâmenon recusou. Como não conseguiu libertar Criseida o seu pai, então, rogou a Apolo que afligisse os gregos até que eles desistissem de conquistar Tróia. Apolo atendeu à prece de seu sacerdote e mandou a peste ao acampamento helênico. Foi, então, convocada uma reunião para encontrar uma maneira de acalmar a ira dos deuses e evitar a peste. Aquiles, atrevidamente, falou que a culpa toda era de Agamenon, que não queria libertar Criseida. Agamenon, enfurecido, concordou em soltar a moça, mas exigiu que, em compensação, Aquiles lhe cedesse Briseida, uma donzela que era a sua escrava. Aquiles concordou furioso, mas declarou que dali em diante não participaria mais da guerra. Retirou suas forças do acampamento e ficou apenas assistindo aos conflitos.

Os deuses e deusas interessavam-se muito por esta guerra famosa. Hera e Atena ainda estavam zangadas com Paris pelo fato dele ter escolhido Afrodite como a mais bela, por isso elas favoreciam os gregos; Já Afrodite favorecia os troianos justamente por causa da escolha de Páris (Lembre-se, Páris era filho do Rei de Tróia). Ela arrastou para o mesmo lado seu admirador Ares, ao passo que Posseidon era favorável aos gregos. Apolo ficou neutro, tendendo ás vezes para um lado, ás vezes para o outro, e o próprio Zeus, embora amasse o bom Rei Príamo (o Rei de Tróia e pai de Páris), era imparcial, muito embora, de vez em quando, favorecesse os gregos algumas vezes e os troianos outras vezes.

A mãe de Aquiles, Tétis, sentiu profundamente a injúria feita ao filho e dirigiu-se imediatamente ao palácio de Zeus. Lá ela pediu ao deus dos deuses que fizesse os gregos se arrependerem da injustiça praticada contra seu filho fazendo com que os troianos tivessem vantagem na guerra. Zeus aceitou o pedido e na batalha seguinte os troianos saíram vitoriosos e os gregos, expulsos do acampamento, tiveram de refugiar-se nos navios.

Devido a essas últimas vitórias dos Troianos, Agamenon convocou uma reunião dos chefes mais sábios e mais valentes. Nestor sugeriu que se tentasse convencer Aquiles a voltar para a Guerra e que Agamenon lhe devolvesse Briseida e lhe desse grandes presentes. Aquiles porém não aceitou os presentes e não concordou em voltar a lutar. No dia seguinte travou-se uma batalha, e os troianos, favorecidos por Zeus, estavam quase incendiando os navios gregos. Posseidon, deus dos mares, vendo os gregos em situação tão crítica, foi em seu socorro. Apareceu sob a forma do profeta Cauchas, e encorajou os gregos de tal modo que fizeram os troianos recuarem. No campo de Batalha Ajax encontrou-se com Heitor e travaram um forte duelo em que Ajax saiu vitorioso. Quando Zeus, voltando os olhos pra baixo, avistou Heitor estendido na planície, quase sem vida, em conseqüência da dor e dos ferimentos, enviou Íris e Apolo ao campo de batalha. Quando Íris( mensageiro dos deuses) chegou, ordenou Posseidon a se afastar imediatamente do campo de batalha. Apolo foi mandado para tratar dos ferimentos de Heitor e reanimá-lo. Estas ordens foram cumpridas tão rapidamente, que, enquanto o combate ainda prosseguia, Heitor voltou ao campo de batalha, e Posseidon aos seus próprios domínios.

A GUERRA PARTE 2: A MORTE DE PÁTROCLO

Pátroclo era o nome do melhor amigo de Aquiles e assistindo de longe as batalhas, ficou profundamente impressionado com tudo o que vira. Contou então ao colega a triste situação no acampamento dos gregos: Diomedes, Odisseu, Agamenon, Machaon, todos feridos e o inimigo entre os navios, preparando-se para queimá-los e impedir que os gregos pudessem voltar à Grécia. Enquanto falava, chamas ergueram-se em um dos navios. Vendo isso, Aquiles permitiu que Pátroclo liderasse seus soldados no campo de batalha e utilizasse a sua armadura, fingindo ser o próprio Aquiles para provocar maior medo no coração dos troianos. Pátroclo vestiu a brilhante armadura, subiu ao carro de Aquiles e assumiu o comando dos homens, pronto a entrar a batalha.
Pátroclo e seus soldados mergulharam-se na luta onde ela se travava mais feroz, e ao vê-los, os gregos gritavam de alegria. Ao avistarem a conhecida armadura, os troianos, tomados de terror, procuraram refugio por todos os lados. Primeiro aqueles que haviam-se apoderado do navio e o incendiado permitiram que os gregos o retomassem e apagassem as chamas. Depois, o resto dos troianos fugiu desanimado. Ajax, Menelau e os dois filhos de Nestor lutaram com bravura.

Pátroclo estava tendo sucesso em sua missão de expulsar os troianos de perto dos navios gregos, até que apareceu Heitor, em seu carro. Pátroclo atirou contra ele uma grande pedra, que errou o alvo, mas atingiu o cocheiro, Cebriones, lançando-o fora do carro. Heitor saltou do carro para socorrer o amigo e Pátroclo desceu também, para completar a vitória. Os dois heróis encontraram-se, então, frente a frente e travaram uma batalha mortal. Heitor saiu vitorioso. Pátroclo caiu mortalmente ferido no chão.

Tamanho foi o sofrimento de Aquiles ao ouvir a noticia do que acontecera a seu amigo, que seus gemidos chegaram aos ouvidos de sua mãe, Tétis, nas profundezas do oceano, onde mora, e ela se apressou em procurar o filho para saber o motivo. Encontrou-o tomado de arrependimento por haver permitido que o amigo lutasse em seu lugar e fosse morto. Seu único consolo era a expectativa da vingança e queria correr imediatamente à procura de Heitor, mas sua mãe lembrou-lhe que ele estava sem armadura e prometeu-lhe que, se esperasse até o dia seguinte, ela conseguiria para ele com Hefesto, deus do fogo, um conjunto de armadura melhor do que aquele que perdera. Aquiles concordou e Tétis dirigiu-se, sem demora, ao palácio de Hefesto. Encontrou-o trabalhando em sua forja, na construção de trípodes destinadas ao seu próprio uso e tão habilidosamente feitas que se moviam sozinhas, quando chamadas, e se retiravam, quando despedidas. Ouvindo o pedido de Tétis, Hefesto, imediatamente, deixou o seu trabalho e tratou de satisfazer o desejo da ninfa fabricando para Aquiles um esplêndido conjunto de armadura: primeiro, um escudo caprichosamente adornado, depois, um elmo com crista de ouro, uma couraça e grevas de aço impenetrável, tudo perfeitamente adaptado às medidas do guerreiro e fabricado com perfeição. Tudo foi feito em uma noite e Tétis depois de recebê-lo, desceu com ele à terra e colocou aos pés de Aquiles ao amanhecer do dia. Pela primeira vez, desde a morte de Pátroclo, Aquiles teve uma sensação de prazer ao ver a armadura. E, assim que a vestiu, correu ao acampamento convocando os chefes para uma reunião. Quando todos se reuniram, ele pôs de lado o seu conflito contra Agamenon e os dois voltaram a ser amigos e apelou para que os chefes se dirigissem imediatamente ao campo de batalha.

A GUERRA PARTE 3: A VINGANÇA DE AQUILES

Aquiles, então, lançou-se à batalha cheio de fúria e sede de vingança. Até mesmo os mais bravos guerreiros fugiam e os que ousavam desafiá-lo, caíam sob a sua lança. Heitor, avisado por Apolo, manteve-se afastado. Príamo, rei de Tróia, que observava tudo, viu todo seu exército recuar para dentro da cidade. Ordenou que as portas fossem abertas, para receber os fugitivos, e fechadas tão logo os troianos tivessem passado, a fim de que o inimigo também não entrasse.

Depois, porém, de todos terem fugido para dentro da cidade, Heitor permaneceu do lado de fora, disposto a combater. Seu velho pai chamou-o das muralhas, implorando-lhe que se retirasse, sem tentar enfrentar Aquiles. Mas o pedido foi em vão. Nessa hora Heitor disse a si mesmo:
– Como poderei eu, comandante do meu povo, procurar proteção contra apenas um inimigo? Mas, e se eu oferecer-lhe Helena de volta e todos os nossos tesouros? Não! É tarde demais. Ele nem chegaria a me escutar, me mataria enquanto eu estivesse falando.

Enquanto Heitor assim falava, Aquiles aproximou-se, terrível como Ares, com a armadura flamejando ao avançar. Vendo-o, Heitor fugiu.

Aquiles o perseguiu velozmente e os dois correram até terem dado três vezes voltas em torno da cidade. Apolo, porém, sustentou as forças de Heitor, não permitindo que ele se cansasse. Atena, então, tomou a forma de Deífobo, o mais valente dos irmãos de Heitor, e apareceu de repente ao lado deste. Heitor ficou encorajado ao vê-lo e virou-se para enfrentar Aquiles, atirando sua lança, que atingiu o escudo do adversário. Quando Heitor virou-se para receber outra lança das mãos de Deífobo este já tinha desaparecido. Heitor, então, compreendeu que fora enganado pela deusa e exclamou:

- Ah! Não resta dúvida de que chegou a hora da minha morte! Pensei que Deífobo estivesse ao meu lado, mas Atena me iludiu e ele está em Tróia. Porém, não cairei sem glória.

Assim dizendo, desembainhou a espada e correu ao combate. Aquiles, protegido pelo escudo, esperou sua aproximação e, quando o viu ao alcance de sua lança, mirou em um ponto da armadura onde pescoço ficava descoberto. Atirou a lança e acertou o alvo. Heitor caiu mortalmente ferido, e disse, com a voz fraca:
- Poupe meu corpo! Permite que meus pais fiquem com ele e que eu seja velado por todos os habitantes de Tróia.

Ao que Aquiles respondeu:
- Não peça piedade a mim, a quem tanto fez sofrer. Não! Coisa alguma livrará dos cães a tua carcaça.

Assim dizendo, retirou a armadura do cadáver e, amarrando-o pelos pés, com cordas, ao seu carro, arrastou-o, para cá e para lá, diante da cidade. O Rei Príamo, pai de Heitor e Hécuba, a rainha, ficaram arrasados. Além disso, Heitor morreu deixando uma esposa, Andrômaca que ao ver o que Aquiles fez com o corpo do seu marido, quis atirar-se do alto das muralhas, mas desmaiou e caiu nos braços de suas servas.
Depois de se terem vingado do matador de Pátroclo, Aquiles e os outros gregos trataram de prestar as devidas honras fúnebres a seu amigo. Foi erguida uma fogueira e o corpo queimado. Seguiram-se competições de força e destreza, corridas de carro, lutas e provas de arcos e flechas. Depois disso os chefes reuniram-se no banquete fúnebre, antes de irem repousar. Aquiles, porém, não compartilhou do banquete nem do sono. A lembrança do amigo que perdera o mantinha acordado. Antes de amanhecer, deixou sua tenda e subindo no seu carro, com o corpo de Heitor atrelado, deu duas voltas em torno do tumulo de Pátroclo e deixando-o, afinal, estendido no chão. Apolo, porém, conservou o corpo livre de decomposição.

Enquanto Aquiles descontava sua raiva arrastando o corpo de Heitor pelo chão, Zeus com pena, chamou Tétis à sua presença e disse-lhe para procurar o filho e conseguir que ele entregasse o corpo de Heitor a seus amigos. Em seguida, Zeus enviou Íris ao rei Príamo, mandando-o procurar Aquiles e implorar a entrega do corpo de seu filho. Íris transmitiu a mensagem e Príamo dispôs-se imediatamente a obedecer. Abriu seu tesouro e retirou ricos ornamentos e vestuários, com dez talentos de ouro, dois esplendidos tripés e uma taça de ouro de acabamento impecável que seriam entregues a Aquiles em troca do corpo. Zeus enviou Hermes, o deus mensageiro, para servir-lhe de guia e protetor. Com sua varinha encantada, o deus fez adormecer todos os guardas e, sem dificuldade, levou Príamo para dentro da tenda onde Aquiles se achava sentado, ao lado de dois de seus guerreiros. O velho rei atirou-se aos pés e beijou aquelas terríveis mãos que haviam matado seu filho. Príamo suplicou pelo corpo de Heitor de tal forma que deixou Aquiles comovido que assim falou:
- Príamo, sei que aqui chegaste conduzido por algum deus, pois, sem ajuda divina, nenhum mortal, mesmo que fosse jovem, teria se atrevido a tentar. Atendo ao teu pedido.

Depois, Aquiles mandou de volta o velho rei acompanhado de seus servidores, tendo, primeiro, se comprometido a estabelecer uma trégua de doze dias para o funeral. Quando a liteira se aproximou da cidade e foi vista das muralhas, o povo correu para contemplar mais uma vez o rosto de seu herói. No dia seguinte, foram feitos os preparativos para o solene funeral. Durante nove dias, o povo ajuntou lenha e ergueu a fogueira, e no décimo dia ali foi colocado o corpo que se consumiu inteiramente, as cinzas foram regadas de vinho, os ossos recolhidos e colocados numa urna de ouro que foi enterrada no chão, tendo por cima uma pilha de pedras.

A QUEDA DE TRÓIA

Tróia não foi derrotada com a morte de Heitor e continuou resistindo. Por acaso, Aquiles viu Polixena, filha do rei Príamo. Ficou cativado por seu encanto e usou a influência com os gregos para tentar firmar paz com Tróia, a fim de poder casar-se com a donzela.

Enquanto estava o templo de Apolo, negociando o casamento, Páris lançou contra ele uma flecha envenenada que, guiada por Apolo, feriu-o no calcanhar, o único ponto fraco de seu corpo, pois sua mãe, Tétis, o mergulhara, quando criança, no Rio Estige, que o tornara invulnerável, exceto no calcanhar por onde a mãe o segurava. O corpo de Aquiles, tão traiçoeiramente morto, foi recuperado por Ajax e Odisseu.
Como Tróia, apesar de todos os esforços, ainda resistia, os gregos desistiram de conquistá-la pela força e, a conselho de Odisseu, resolveram recorrer a uma estratégia: Fingiram estar fazendo preparativos para abandoar a guerra. Uma parte dos navios foi retirada e escondida atrás de uma ilha vizinha. Os gregos construíram, então, um imenso cavalo de madeira, que fingiram ser um sacrifício oferecido a Atena, mas que na verdade estava cheio de soldados. Os troianos, vendo que o acampamento fora levantado e a frota tinha partido, chegaram á conclusão de que o inimigo fugira. As portas foram abertas e toda população saiu para aproveitar a liberdade que há muito tempo não tinham de passear à vontade no local onde estivera o acampamento grego. O grande cavalo foi o principal objeto de curiosidade. Todos queriam saber qual seria a sua finalidade. Alguns sugeriram que ele fosse levado para dentro da cidade, como troféu, enquanto outros eram mais desconfiados. O mais desconfiado de todos era Laocoonte, o sacerdote de Posseidon, que falava como os gregos eram espertos e que os troianos deviam destruir o cavalo.

O povo talvez tivesse seguido o seu conselho, se, justamente nesse momento, não tivesse surgido um grupo de pessoas arrastando um prisioneiro grego. Esse homem foi levado perante os chefes, que prometeram poupar sua vida, com a condição de que ele falasse a verdade. O prisioneiro informou que era grego, que se chamava Sínon e que fora abandonado pelos companheiros. Com referência ao cavalo de pau, disse que se tratava de uma oferta a Atena e o motivo de ser tão grande era para impedir que fosse levado para dentro de Tróia, pois o profeta Cauchas previu que, se os troianos se apoderassem dele, derrotariam os gregos. Estas palavras mudaram a opinião do povo, que começaram a imaginar uma maneira de levar o cavalo para dentro da cidade, quando aconteceu algo incrível: Apareceram, avançando sobre o mar, duas imensas serpentes, que chegaram á terra, fazendo a multidão fugir para todas as direções. As serpentes avançaram, então, diretamente para o lugar onde se achava Laocoonte com seus dois filhos, a primeira atacou as crianças, enroscando-se e torno de seus corpos. Tentando salvá-las, o pai foi, logo em seguida, apanhado pelas serpentes. A desgraça de Laocoonte serviu como prova aos troianos de que ele estava errado e que o cavalo era um objeto sagrado e deveria ser levado para dentro da cidade. Isso foi feito ao som de cantos e aclamações triunfais, e os troianos passaram o dia comemorando.

Quando a noite chegou o traiçoeiro Sínon libertou os soldados gregos que estavam dentro do cavalo estes abriram as portas da cidade aos seus amigos que haviam voltado sob a proteção da noite. A cidade foi incendiada. A população, os habitantes de Tróia, cansados de tanto festejar, foram completamente vencidos. E assim terminou a guerra mais famosa de toda Antiguidade.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009


Helena e Paris.



terça-feira, 1 de setembro de 2009

A ORIGEM DA GUERRA DE TRÓIA
Atena era a deusa da sabedoria, mas, certa vez, cometeu uma tolice: disputou um concurso de beleza com Hera e Afrodite. O fato se passou da seguinte maneira: todos os deuses foram convidados para o casamento de Peleu, um homem mortal e rei da cidade de Ftia, e Tétis, uma ninfa do mar. A única deusa que não fora convidada foi Éris, a deusa da Discórdia. Furiosa com sua exclusão, a deusa atirou entre os convidados uma maçã de ouro com a inscrição: “Para a mais bela”. As deusas Hera, Atena e Afrodite disputaram o título de mais bela e a maçã. Zeus não quis ser o juiz, para não descontentar duas das deusas, então ordenou que o príncipe troiano Páris,
que era criado como um pastor ali perto, resolvesse a disputa. Para ganhar o título de “mais bela”, Atena ofereceu a Páris poder na batalha e sabedoria, Hera ofereceu riqueza e poder, já Afrodite ofereceu o amor da mulher mais bela do mundo. Páris deu a maçã à Afrodite, ganhando a sua proteção. Porém as outras duas deusas passaram a odiar Páris e toda Tróia por não terem sido escolhidas.

A mulher mais bela do mundo se chamava Helena. Acontece que ela era casada com Menelau, o rei de Esparta. Dessa forma, sob a proteção de Afrodite, Páris viajou para Grécia e foi muito bem recebido por Menelau. Com a ajuda da deusa, Páris convenceu Helena a fugir em sua companhia e levou-a para Tróia, o que provocou a famosa guerra, assunto dos maiores poemas da antiguidade, os de Homero e Virgílio. Menelau apelou para os chefes da Grécia, para que o ajudassem a recuperar a esposa. De um modo geral, todos atenderam ao apelo.

Para comandar os gregos foi escolhido Agamenon, rei de Miscenas e irmão do injuriado Menelau. Aquiles era mais valente e mais habilidoso guerreiro. Depois dele vinham: Ajax, de estatura gigantesca e grande coragem, mas pouco inteligente; Diomedes, superado apenas por Aquiles e suas qualidades de herói; Odisseu, famoso por sua inteligência, Nestor, o mais velho dos chefes gregos e procurado por todos como conselheiro.

Tróia, porém, não era um inimigo desprezível . Príamo o rei e pai de Páris, estava velho, mas fora um príncipe esclarecido e fortalecera seu reino, graças a um bom governo e a numerosas alianças com os vizinhos. O principal herói de Tróia era seu filho Heitor. Além de Heitor, os principais chefes do lado dos troianos eram Enéias, Deífobo, Glauco e Sarpédon